sábado, 31 de maio de 2008

Concurso "Escritores do Futuro"

A pobre camponesa e o seu príncipe
Era uma vez uma linda e pobre camponesa que encontrou, próximo de um rio cristalino, um maravilhoso anel mágico. A pobre camponesa não sabia que o anel era mágico. Então, levou-o para a sua nobre e modesta casinha. Justina, que era a pobre camponesa, ficou a olhar para esse anel mágico, mas ele tinha um segredo: quando alguém o encontrasse e não o usasse ficava com azar mas quem o usasse tinha a maior sorte que se podia imaginar.
Justina olhou para o seu relógio e atrapalhou-se toda, pois era muito tarde. Saiu a correr e com a correria toda ela deu um grande trambolhão e fez uma ferida no joelho. Mesmo assim com muitas, muitas dores, Justina continuou a correr até que chegou a casa da sua patroa. Justina tentou que a sua patroa não desse conta, mas não valeu de nada. Pois aí começou a fúria da sua patroa:
- Só agora! Já viste bem as horas? Se isto continua assim vais para o olho da rua!
- Desculpe minha senhora, desculpe, prometo que isto não volta a acontecer
- Ai, podes ter a certeza que isto não volta a acontecer!
Justina estava cheia de dores e a sua patroa bem o viu, só que não se importou com nada nem ninguém a não ser com ela e com as suas duas filhas: a Silva Ferrão e a Geoponda. A patroa chamava-se Víbora e cada dia se olhava ao computador, pois ele falava e mostrava a sua cara. Um dia, estava a ver-se, até que ouviu:
- Toc, toc, toc…
- Entre! – exclamou Víbora.
- Minha senhora, já acabei o trabalho, posso ir-me embora? - perguntou Justina.
- Sim podes, mas não te esqueças de amanhã não te atrasares como hoje! – exclamou Víbora.
- Sim, minha senhora!
Justina chegou a casa e acendeu uma pequena fogueira no seu fogareiro. Estava Justina a ver o anel, decidiu experimentá-lo no seu dedo e achou que lhe ficava bem. No entanto adormeceu num abrir e fechar de olhos.
Ao outro dia acordou cedo e lembrou-se do sonho que tinha tido e que era lindo, mas teve de se ir vestir para ir trabalhar. Ao caminho da casa da sua patroa viu muitos cartazes a dizer que ia haver um baile de máscaras, à noite, pelas oito horas. Justina decidiu ir para ver se arranjava alguém.
Quando chegou deu de caras com a sua patroa e comentou:
- Minha senhora, sabia que logo à noite vai haver um baile?
- A sério? – perguntou Víbora.
- Sim, a sério, estão cartazes afixados por aí! – exclamou Justina.
- Obrigada. Quando acabares, podes ir embora! – exclamou Víbora.
Justina acabou o trabalho e foi para casa preparar-se para o baile de máscaras. Estava tudo planeado, até que Justina se lembrou que não tinha nada para levar nem ninguém que a levasse. Põe-se a olhar para o anel e num abrir e fechar de olhos, sai de lá o “Senhor dos Anéis” que lhe pergunta:
- O que tens, que se passa?
- Hoje vai haver um baile de máscaras e eu queria ver se encontrava alguém para ficar comigo o resto da vida, alguém para eu dar o amor que tenho para dar! – chorou Justina.
Vou dar-te um vestido de princesa que jamais alguém viu, jóias muito bonitas, sapatos lindos e uma carruagem de brilhantes e pérolas!
- Obrigada, mil vezes obrigada!
- Mas se alguém tentar tirar-te a máscara da cara, tens de fugir de imediato!
- Está bem, eu não me esqueço!
Justina lá foi para o baile. Quando chegou, viu um lindo príncipe que lhe pôs o coração aos pulos. O príncipe pediu-lhe uma dança e ela aceitou. Víbora e as suas filhas viram o príncipe e tentaram tirá-lo a Justina, mas não conseguiram. O príncipe disse que seu nome era Napoleão e Justina gostou muito. Até que Napoleão tentou tirar a máscara e Justina teve de fugir, mas perdeu o anel. Só deu conta quando chegou a casa. No entanto, Napoleão tinha o anel para descobrir de quem era, e ao outro dia mandou procurar em todas as ruas, todas as vilas e todas as cidades.
Quando chegou a vez de Justina experimentar o anel, este serviu. Justina saiu a correr, a chorar. Napoleão foi atrás dela e disse acreditar no amor e no casamento mas Justina desmaiou. Napoleão levou-a para dentro e chamou um médico.
Passados dias e dias, de tanta tristeza, o médico disse que provavelmente Justina morrera. Mas Justina acordou e viu Napoleão a chorar. Foi ter com ele e perguntou-lhe:
- O que se passa para estares a chorar?
- Hoje o médico disse que Justina morrera, e agora não sei o que fazer… – disse ele sem saber quem estava atrás dele.
- Pois eu sei!
Vira-se para ele, dá-lhe um beijo e Napoleão vê Justina.
A partir daí acabou-se a tristeza a para anunciarem o noivado decidem fazer uma festa! Passados alguns dias consideram-se Napoleão e Justina casados!
E o resto da cidade ficou muito feliz por eles e também que a nova princesa era uma pessoa boa e não uma má!
Sílvia

Sem comentários: