sábado, 31 de maio de 2008

Concurso "Escritores do Futuro"

A camponesa e o anel mágico
Era uma vez uma linda e pobre camponesa que encontrou, próximo de um rio cristalino, um maravilhoso anel.
Como o anel não era dela a camponesa, foi procurar uma bruxa para ver se via na bola de cristal quem era o dono do anel que tinha encontrado á beira do rio.
A bruxa, ao ver aquele maravilhoso, magnífico e lindo anel, insinuou que o anel era dela. Mas a linda e pobre camponesa que não sabia se era verdade o que a velha e rabugenta bruxa dizia, disse:
-Não, não Desculpa lá, sua velha, suja e rabugenta! O anel, como fui eu que o encontrei, fico com ele enquanto não aparecer o dono!
A velha bruxa, cheia de raiva, disse (gritando):
-Mas, minha querida humilde filha, eu sou muito velhinha e muito feia e ninguém me quer por eu ser assim tão feia, velha e rabugenta. Podias dar-me o anel para ver se eu consigo casar com um rapaz bonito e forte que se interesse por mim!
A jovem, pobre e linda camponesa disse (baixinho):
-Como é que eu sei que não esta a mentir? Será que devo confiar em pessoas velhas e rabugentas como tu?
A velha disse lhe:
-Minha filha! Se não queres confiar em mim, vai-te embora e nunca mais voltes.
A pobre camponesa, para não aturar aquela velha, assim o fez: pegou nas suas coisinhas e foi-se embora.
Pelo caminho de volta para o seu acampamento de camponeses encontrou um velhinho muito simpático e disse:
-Bom dia, meu senhor! Podia dar-me uma informação!
-Bom dia, minha jovem! Se a puder ajudar, assim o farei! – Disse o simpático velhinho.
-Desculpe o incomodo, mas você conhece alguma bruxa que aqui perto sem ser a misteriosa Úrsula? – perguntou a linda camponesa.
O velho, um bocado assustado disse:
-Será, que eu ouvi bem? Você disse Úrsula?
-Sim, mas porque fico tão aterrorizado? Está a assustar-me! - Disse a, pobre linda camponesa.
- E que ela veste – se de pobre, feia e velha mulher e, na verdade, é uma bela rapariga que usa vestidos azuis, vermelhos ou amarelos compridos, tem longos cabelos e todas as pessoas a temem! – Disse o senhor.
-Ai que horror! Então agora vou ter que fugir daqui, porque encontrei um anel á beira do rio mais cristalino desta terra! – Disse, afligindo-se ainda mais a camponesa.
O velho e simpático senhor disse-lhe:
-Não se preocupe, eu tenho muitas casas espalhadas pelo mundo e não me importo de lhe dar uma.
A rapariga, com medo que aquilo piorasse, aceitou a casa fora daquela aldeia.
Mas como a bruxa Úrsula assistia a tudo através da bola de cristal, descobriu que a alinda camponesa ia para fora da aldeia. Soube que a camponesa partiria para outra aldeia nesse mesmo dia, á noitinha.
A linda camponesa despediu-se de toda a sua família e amigos, pegou nas suas coisas e foi-se embora com o senhor.
A bruxa mascarou-se de rapariga novinha e foi atrás da camponesa e do senhor.
A camponesa disse ao senhor que tinha um persentimento de que estavam a ser seguidos. Ela já estava instalada na sua nova casinha, quando a bruxa se aproximou e disse:
-Boa tarde, minha menina!
A camponesa respondeu:
-Boa tarde! O que deseja?
A bruxa disse:
-Ai, meu deus! Estou tão cansada e tenho tanta sede! Será que você podia deixar-me entrar e dar-me um copinho da água?
A camponesa muito aflita, com medo que a mulher se sentisse mal no meio da rua, disse:
É claro que pode entrar! Sente-se que eu vou buscar o copinho de água.
Ah! Muito obrigada! Para uma jovem como você, é muito amável! – Disse a bruxa disfarçadamente.
Estiveram a falar durante muito tempo e a bruxa disse:
-Tenho que ir para a minha casinha! Adorei conhecê-la! Um dia voltaremos a encontrar-nos.
Passado meio ano, a bruxa voltou a ir visitar a camponesa. Bateu a porta da camponesa e disse:
-Aqui estou eu mais uma vez! O que é que se passou durante este meio ano?
A camponesa (rindo-se) disse:
-Nada de especial! Aqui nunca há nada de novo, passa-se sempre a mesma coisa!
A bruxa perguntou:
-Tem a certeza do que me disse?
-Claro que tenho! Eu falo tanto de mim, mas e você nunca me falou de si! Conte-me coisas sobre você! - Disse a camponesa (com curiosidade).
-Olhe, eu não vou falar de mim, mas vou contar-lhe a história que me contaram – disse a bruxa.
Ah! Conte-me! Conte-me! Eu não conto nada a ninguém! – Disse logo de seguida a camponesa.
-Disseram - me que já há algum tempo ouve uma camponesa pobre e linda que encontrou um anel mágico á beira de um rio.
-Oh! Que engraçado, eu também encontrei um anel mágico. – Disse a camponesa.
A bruxa, impressionada com o que tinha acabado de ouvir, perguntou:
-Onde é que encontrou esse anel!
-Também o encontrou à beira do rio! Que coincidência estranha. – Respondeu a camponesa.
-Já estamos á conversa á tanto tempo. E que tal se fossemos comer umas maças que eu trouxe? – Perguntou a bruxa.
-Boa ideia! Vamos então comer essas tais maçãs. Devem ser, deliciosas! – Disse a camponesa.
A bruxa tinha envenenado uma das maçãs e deu-a a comer á camponesa. A camponesa comeu-a e desmaiou. A bruxa aproveitou-se do desmaio da camponesa e tirou-lhe o anel mágico.
Foi a um mágico que vivia ali perto. O mágico ficou maravilhado ao ver aquela preciosidade.
A bruxa contou a história toda ao mágico e ele ficou maravilhado.
O senhor que deu a casa á camponesa foi ver se estava tudo bem e viu-a desmaiada. Chamou uma ambulância e a camponesa foi para o hospital. O senhor acompanhou-a.
Já no hospital o médico disse:
-Ela tem vestígios de ter sido envenenada.
-Ai! Meu Deus! Tinha que lhe acontecer isto agora? – Disse o senhor.
Mais tarde a camponesa acordou, recuperou e regressou a casa.
Entretanto, o mágico perguntou á bruxa:
-Não queres vender-me o anel mágico?
-Claro que não. Só o vais ter se me matares! Eu nunca te irei dar o anel! Nem sequer sonhes! – Disse a bruxa, muito irritada.
Passados alguns dias, o mágico foi a casa da bruxa para a matar mas a bruxa, como já sabia o que ele ia fazer, pôs uma armadilha em casa dela. Mas tiveram azar os dois, pois caíram os dois na armadilha que a bruxa tinha preparado. Quando a camponesa participou na polícia tudo o que lhe tinha acontecido, os polícias foram a casa da bruxa. Viram o mágico e a bruxa mortos no chão e encontraram o anel em cima de uma mesa.
Certo dia, a camponesa, como já tinha recuperado o anel, decidiu voltar para junto da sua família. Pelo caminho encontrou um rapaz chamado Daniel que ao vê-la, logo se apaixonou.
O rapaz perguntou:
Como te chamas? Eu sou o Daniel e acho que estou a começar a gostar de ti de uma maneira especial.
Eu sou a Isabel! Gostei muito de te conhecer e também estou a começar a gostar de ti da mesma maneira que tu. – Disse a camponesa (sorrindo).
A camponesa como estava com muitas da sua família, perguntou ao Daniel:
-Queres vir comigo para a minha terra?
Claro que sim. - Disse o Daniel.
Voltaram para a terra de Isabel onde ela conheceu o seu pequeno irmão João Miguel.
Lá casaram e tiveram muitos filhos. Viveram felizes para sempre.

Catarina

1 comentário:

Anónimo disse...

Está muito engraçado, podem continuar a publicar histórias.